Warner Music fecha acordo com geradora de músicas por IA Suno após encerrar disputa judicial
- Heitor Brandão

- 26 de nov.
- 2 min de leitura

A Warner Music chegou a um acordo de licenciamento com a Suno, plataforma de criação musical por inteligência artificial, depois de resolver uma ação por violação de direitos autorais movida contra a empresa há cerca de um ano.
A gravadora — que representa nomes como Coldplay, Charli XCX e Ed Sheeran — torna-se a primeira entre as gigantes da indústria fonográfica a firmar parceria oficial com a Suno.
Pelo novo modelo, usuários poderão gerar músicas via comandos de texto utilizando vozes, nomes e imagens de artistas da Warner que optarem por participar da ferramenta.
O CEO do grupo, Robert Kyncl, afirmou que o acordo mostra que a IA pode trabalhar “a favor dos artistas” quando há licenciamento adequado. Segundo ele, a parceria busca ampliar receitas e criar novas experiências para os fãs.
A Suno, frequentemente comparada ao “ChatGPT da música”, se comprometeu a lançar modelos atualizados e licenciados no próximo ano. Entre as mudanças, estão novas restrições para download: apenas assinantes poderão baixar faixas criadas por IA, e mesmo assim com limites e custos adicionais.
As medidas tentam conter o fluxo de músicas produzidas na plataforma que acabam sendo distribuídas em serviços de streaming sem controle.
O anúncio ocorre dias depois de a Warner também resolver uma disputa judicial e firmar acordo com a Udio, outra empresa do setor de IA musical.
No ano passado, as principais gravadoras do mundo abriram processos contra Suno e Udio, alegando que as plataformas utilizavam músicas de artistas reais para treinar seus sistemas sem autorização. A Universal Music já havia fechado acordo com a Udio em novembro e segue em litígio com a Suno. A Sony Music continua processando ambas.
Como parte do acerto com a Warner, a Suno também adquiriu a Songkick, serviço de descoberta de shows e eventos, por valor não divulgado.
O debate sobre IA e direitos autorais segue em alta no Reino Unido, onde o governo estuda uma nova regulamentação para o setor. Após críticas de artistas e profissionais da música, autoridades têm sinalizado apoio a modelos de licenciamento que garantam remuneração aos criadores sempre que suas obras forem usadas para treinar sistemas de IA.
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