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Morre Lô Borges, aos 73 anos, um dos criadores do Clube da Esquina

  • Foto do escritor: Olivia Lancaster
    Olivia Lancaster
  • 3 de nov.
  • 2 min de leitura

Fundador do movimento que revolucionou a MPB nos anos 70, músico mineiro deixa legado de clássicos como "Trem Azul" e "Um Girassol da Cor do Seu Cabelo"


Morre Lô Borges, aos 73 anos, um dos criadores do Clube da Esquina
Foto: Flávio Charchar

Lô Borges morreu aos 73 anos nesta segunda-feira (3), vítima de intoxicação por medicamentos. A informação foi confirmada pela família do artista.

 

O mineiro foi um dos pilares do Clube da Esquina, movimento que sacudiu a música brasileira ao misturar rock, samba e jazz com pitadas de psicodelia dos Beatles. Ao lado de Milton Nascimento, Beto Guedes e Toninho Horta, Lô ajudou a criar um som que ainda ecoa gerações depois.

 

Das esquinas de BH para o Brasil

 

O tal clube não tinha sede nem CNPJ. Era literalmente uma esquina — a do cruzamento das ruas Divinópolis e Paraisópolis, em Santa Tereza, Belo Horizonte. Ali, a turma se reunia para fofocar, ouvir disco e compor canções que entrariam para a história.

 

Em 1972, Lô e Milton lançaram o álbum "Clube da Esquina", que se tornaria um dos discos mais importantes da música brasileira. Do trabalho saíram hits como "Trem Azul", "Um Girassol da Cor do Seu Cabelo" e "Trem de Doido".

 

Dois anos antes, a dupla já havia emplacado "Para Lennon e McCartney", composta por Lô ao lado do irmão Márcio Borges e Fernando Brant. A música, eternizada na voz de Milton, virou hino.

 

Disco do tênis e vida hippie

 

Ainda em 1972, Lô lançou seu primeiro álbum solo, que acabou batizado de "O Disco do Tênis" por causa da capa. Logo depois, deu uma pausa na música e partiu para o estilo de vida hippie. Voltou em 1978 para gravar "Clube da Esquina 2".

 

No ano seguinte, lançou "A Via Láctea", com faixas como "Vento de Maio" e "Nau Sem Rumo". Seguiu ativo e, entre 2019 e 2025, gravou sete álbuns em parceria com artistas como Nelson Angelo, Zeca Baleiro e o irmão Márcio Borges.

 

Também assinou "Dois Rios" com Nando Reis e o Skank, provando que sua veia criativa não tinha prazo de validade.

 

Legado amarelo-girassol

 

Com mais de 50 anos de carreira, Lô Borges influenciou de Flávio Venturini à banda Terno Rei. Sua marca registrada foi unir emoção e experimentação sem medo de errar — ou de acertar demais.

 

Fica o legado: uma coleção de clássicos da MPB e uma carreira tão brilhante quanto a cor de um girassol.

 
 

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