Glenn Hughes celebra 28 anos sóbrio e relembra jornada “à beira da loucura”
- Dante Azevedo

- 26 de nov.
- 2 min de leitura

O ex-baixista e vocalista do Deep Purple, Glenn Hughes, comemorou recentemente um marco que considera maior que qualquer disco de ouro: 28 anos de sobriedade. Aos 74 anos, ele publicou uma imagem listando, com precisão matemática, o período longe de álcool e drogas — “10.229 dias”, destacou, com orgulho e gratidão.
“Pela graça de Deus, estou vivendo uma vida limpa e sóbria”, escreveu o músico. Ele também enviou uma mensagem a quem ainda enfrenta vícios: “Vocês não estão sozinhos”. Hughes aproveitou para celebrar os 25 anos de casamento com a esposa, Gabi, a quem chamou de “amor da vida”: “Não estaria aqui sem ela”.
Ícone da fase mais funky do Deep Purple, o músico participou de clássicos como Burn, Stormbringer e Come Taste the Band. Mas a trajetória pessoal foi bem menos glamourosa. Em entrevistas antigas, ele admitiu que ignorou inúmeros alertas de amigos: “Tentei parar tantas vezes e não consegui. A euforia nunca dura para sempre”.
Hughes contou que chegou ao fundo do poço no Natal de 1991, após mais uma ida ao pronto-socorro. Em 1992, internou-se no Centro Betty Ford, mas ainda teve recaídas até 23 de novembro de 1997, data que marca seu último gole. “Foi o começo da minha jornada completa de recuperação”, disse.
O músico revelou que, antes da sobriedade, viveu episódios que hoje classifica como perigosos: desaparecimentos, identidade falsa e isolamento em Amsterdã. “Cheguei à beira da loucura”, relembrou. “Tive um momento de clareza e voltei a ser o homem que sou agora.”
Sua batalha virou tema da autobiografia Deep Purple And Beyond (2011), onde descreve os excessos dos anos 70 e 80 — período em que, segundo ele, era conhecido como “o viciado mais famoso do rock”.
Em clima de renascimento artístico, Hughes lançou recentemente o álbum “Chosen”, no dia 5 de setembro, pela Frontiers Music.
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