Adeus a Rick Davies, o coração do Supertramp, aos 81 anos
- Heitor Brandão

- 8 de set.
- 2 min de leitura

Rick Davies, tecladista, vocalista e força criativa por trás do Supertramp, morreu aos 81 anos em sua residência em Long Island, nos Estados Unidos. A notícia foi confirmada nas redes sociais da banda, que o descreveu como “a voz e o pianista por trás das músicas mais icônicas do Supertramp, deixando uma marca indelével na história do rock”.
Nascido em Swindon, Inglaterra, em 1944, Davies iniciou a carreira ainda jovem, mas seria em 1969 que sua trajetória ganharia contornos definitivos. Após publicar um anúncio em busca de músicos, encontrou Roger Hodgson, com quem formaria o núcleo criativo do Supertramp. A dupla deu ao rock progressivo alguns de seus capítulos mais memoráveis, especialmente durante a década de 1970.
Álbuns como Crime of the Century (1974) e Breakfast in America (1979) não apenas se tornaram clássicos, mas ajudaram a definir a sonoridade de uma geração. Breakfast in America, com vendas de dezenas de milhões de cópias, conquistou dois prêmios Grammy e consolidou o grupo no imaginário popular com sucessos como The Logical Song.
Davies se destacou por sua voz grave e pelo piano marcante, sendo autor de faixas como Goodbye Stranger e Bloody Well Right. Após a saída de Hodgson, em 1983, ele manteve o Supertramp ativo, conduzindo diferentes formações da banda e garantindo que a chama nunca se apagasse.
Em 2015, um diagnóstico de mieloma múltiplo obrigou-o a cancelar uma turnê europeia e afastar-se definitivamente dos palcos. Desde então, viveu longe da vida pública, mas permaneceu como figura central da memória coletiva do rock progressivo.
Ao longo de mais de meio século, Rick Davies foi não apenas o fundador, mas também o guardião do Supertramp — um músico que, mesmo nas pausas e silêncios, deixou uma herança que continua a ressoar.
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