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Zé Ibarra amplia os limites da MPB em “AFIM”

  • Foto do escritor: Heitor Brandão
    Heitor Brandão
  • 28 de jul.
  • 2 min de leitura
Zé Ibarra

Com um trabalho sensível, colaborativo e de forte personalidade artística, o cantor e compositor Zé Ibarra reafirma sua relevância na nova geração da Música Popular Brasileira com o álbum “AFIM”, lançado recentemente. O disco aprofunda sua pesquisa musical e dá continuidade à sua trajetória marcada por inquietação estética e experimentação sonora.

 

O artista carioca, conhecido por sua atuação em grupos como Dônica e Bala Desejo, além de colaborações diversas, já havia mostrado uma faceta mais introspectiva no álbum solo “Marquês 256” (2023), centrado no formato voz e violão. Em “AFIM”, ele retoma os arranjos mais encorpados e o trabalho coletivo, ao lado do coprodutor Lucas Nunes, reunindo um time de músicos experientes como Alberto Continentino (baixo), Daniel Conceição e Thomas Harres (bateria e percussão), Rodrigo Pacato (percussões), Chico Lira (Fender Rhodes) e Guilherme Lirio (guitarra).

 

O resultado é um álbum sofisticado e cinematográfico, que navega por diferentes margens da MPB com liberdade. O repertório inclui reinterpretações de canções de artistas contemporâneos como Sophia Chablau, Maria Beraldo, Tom Veloso e Ítalo França. Apesar de não serem todas de sua autoria, as faixas ganham nova vida na interpretação de Ibarra, que imprime às composições um tom confessional, muitas vezes reinventando o eu lírico original, como nas versões de “Segredo” e “Da Menor Importância”.

 

“AFIM” reflete uma compreensão aberta da MPB – não como um gênero fixo, mas como um campo dinâmico, capaz de unir e recombinar múltiplas influências brasileiras. Zé Ibarra utiliza essa tradição como ponto de partida, não como limite. Seu trabalho aponta para o futuro sem abandonar o legado da canção popular, explorando temas como amor, identidade, desejo e vulnerabilidade com lirismo e autenticidade.

 

Com este lançamento, Zé Ibarra se consolida como uma das vozes mais inventivas de sua geração, demonstrando que a MPB, em constante transformação, ainda é território fértil para criação e reinvenção.


 

 
 

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